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20.9.16

19.05.2016

Perdi a conta às noites sem dormir, por ti. Perdi a conta aos minutos que passei a pensar naquilo que fomos, naquilo que tivemos. Perdi a conta às mensagens trocadas, e pior... àquelas escritas e não enviadas. Perdi a conta às lembranças de palavras proferidas em vão. Perdi a conta aos beijos que ficaram por dar e àqueles que voaram com o vento frio que gelava os nossos corpos naquela tarde. Corpos esses que encaixavam como se fossem feitos um para o outro. Como se a sua missão fosse única e exclusivamente aquecer o outro com o quente dos nossos corações. Perdi a conta aos dias e noites que passei à espera de uma explicação, uma simples resposta. Perdi a conta às vezes que invadiste os meus sonhos e tomaste conta deles como se fossem teus e apenas teus. Já vi toda a nossa vida juntos bem diante dos meus olhos e passado segundos percebi que não passou de mera ilusão. Imagino o nosso reencontro umas 10 vezes ao dia e consigo que seja sempre de formas diferentes.

Não consigo dizer se o que me dói mais é o facto de te ter perdido a ti ou de me ter perdido em ti. Passei tempos e tempos a construir as muralhas mais altas à volta deste castelo e a prometer não abrir os portões delas tão facilmente e do nada tu chegas, entras sem pedir licença, conquistas todo o castelo e vais embora... deitando todas as muralhas abaixo e transformando todo o conteúdo em nada mais do que pedra e pó. Mal tu sabes os estragos que fizeste, ou será que sabes? 
Não é o lembrar que dói, é o não conseguir esquecer. Sabes? Eu lembro-me de tudo... e tu? Do primeiro, ao último jogo, do primeiro ao último golo, do primeiro ao último beijo. No fundo sei que também te lembras, simplesmente não queres saber e isso custa ainda mais do que se tivesse tudo caído em esquecimento. 
  Não sei se o pior é acordar e perceber que foi tudo uma ilusão, ou saber que a realidade é pior que os piores pesadelos. 

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