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20.4.13

fear.



Ela relembra a manhã desse dia e em como se estava feliz. Ainda em transe, ainda meio enfeitiçada, ainda com dúvidas se tudo aquilo era real. 
E, subitamente, no mesmo dia ela é invadida pelo medo, pela insegurança, pela falta de confiança. E pelas lágrimas. Lágrimas essas que há muito se escondem e fazem um esforço por não aparecer. E quando finalmente aparecem... Nada as consegue parar.
O medo vem de uma forma arrebatadoramente assustadora... e ela não sabe o que fazer. Está a sofrer por antecipação. E mesmo sabendo que a última coisa que deve fazer é pensar, é tudo o que ela consegue fazer no momento, por muito que lhe digam para não o fazer.
Passou tão pouco tempo, e ela volta a sentir-se perdida. Não sabe donde vem, para onde vai, com quem vai... Nem sabe bem quem ela é. E tem vezes que isso lhe causa uma felicidade enorme. A adrenalina do desconhecido fascina-a. Mas como todos, ela não é de ferro, e sem se esperar, vai-se abaixoSente-se fraca. Sente que talvez esteja a fazer uma gigante tempestade, enquanto tudo afinal não passa de uma gota de água. Não sabe mais o que pensar, não sabe mais o que sentir...
E esse fascínio pelo nunca visto antes, transforma-se em medo. Medo de sofrer. Medo de perder. Talvez medo de voltar à monotonia de antes. Medo do que poderá vir a acontecer. Ou daquilo que não acontecerá...
Sente-se perdida, sozinha, e não sabe o que lhe espera. Mas ninguém sabe certo ? 
E neste momento ela não quer saber como será o amanhã, apenas como sobreviverá ao hoje.


Prazer, ela ? Sou eu.

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