Ela
relembra a manhã desse dia e em como se estava feliz. Ainda em transe, ainda
meio enfeitiçada, ainda com dúvidas se tudo aquilo era real.
E, subitamente, no
mesmo dia ela é invadida pelo medo, pela insegurança, pela falta de confiança. E
pelas lágrimas. Lágrimas essas que há muito se escondem e fazem um esforço por não
aparecer. E quando finalmente aparecem... Nada as consegue parar.
O medo vem de
uma forma arrebatadoramente assustadora... e ela não sabe o que fazer. Está a
sofrer por antecipação. E mesmo sabendo que a última coisa que deve fazer é
pensar, é tudo o que ela consegue fazer no momento, por muito que lhe digam
para não o fazer.
Passou tão pouco tempo, e ela volta a sentir-se perdida. Não
sabe donde vem, para onde vai, com quem vai... Nem sabe bem quem ela é. E tem
vezes que isso lhe causa uma felicidade enorme. A adrenalina do desconhecido
fascina-a. Mas como todos, ela não é de ferro, e sem se esperar, vai-se abaixo. Sente-se fraca. Sente que talvez esteja a fazer uma gigante tempestade, enquanto tudo afinal não passa de uma gota de água. Não sabe mais o que pensar, não sabe mais o que sentir...
E esse fascínio pelo nunca visto antes, transforma-se em medo. Medo de sofrer.
Medo de perder. Talvez medo de voltar à monotonia de antes. Medo do que poderá
vir a acontecer. Ou daquilo que não acontecerá...
Sente-se perdida, sozinha, e
não sabe o que lhe espera. Mas ninguém sabe certo ?
E neste momento ela não
quer saber como será o amanhã, apenas como sobreviverá ao hoje.
Prazer, ela ? Sou eu.
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