Torna-se tudo um pouco irónico quando estás a fazer aos outros algo que já te fizeram a ti e com que sofreste imenso. A diferença ? É que a pessoa que tu pensas estar a magoar, afinal, é simplesmente igual a todas as outras que odeias e desprezas.
Àquelas que sofrem (ou dizem que sofrem), não por não te ter, mas simplesmente por ficarem sozinhas. É daquele género de desespero acentuado em que se analisarmos tudo com atenção, a pessoa só está a pensar em si, e apenas em si. Mas pronto, afinal é vida dela não é a minha verdade ?
É extremamente complicado como a única pessoa que pensávamos que nunca nos iria surpreender pela negativa o faz, e quando pensamos que afinal é apenas um ponto em que a pessoa errou, a mesma pessoa volta a cometer basicamente o mesmo erro.
Lá está, provavelmente o medo de ficar sozinho seja maior que a própria dignidade
e bom senso.
Mas ainda bem, fico feliz por cada vez mais me provarem que a tão difícil decisão que tomei e pensava que me ia custar imenso, cada vez mais entendo que foi a melhor coisa que fiz, e não me arrependo nada.
Quem menos esperamos surpreende-nos muito negativamente, não uma, mas duas vezes. Se nos deixamos enganar à terceira já não é acidente, é burrice.
Mas ainda bem que estas coisas nos acontecem, para além de nos tornar bem mais frios, mais receosos, desconfiados e alertas e mais indiferentes para tudo à nossa volta, torna-nos mais fortes, ensina-nos muita coisa. Ensina-nos a não sermos tão ingénuos ao achar que uma ou outra pessoa não nos irá, a certa altura, desiludir.
Há quem ame demais, há quem tenha falta de amor, e há quem ame mais que uma pessoa na mesma
semana.
E pronto, depois disto a única coisa que tens a fazer é tentar que a frieza com que essa pessoa te fez ficar, não magoe ninguém que ames, e seguires com a tua vida em frente sem te importares com pessoas que não merecem que te importes com elas.
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