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2.6.11

permanecerá





Saudades do que eu era, talvez não as tenha, porque a criança que fui, que era, ainda sou.
Saudades do que fazia, do que podia fazer. De tudo e nem uma reclamação. De correr por aí e em vês de olharem a chamarem-me parva, olharem com um olhar e um sorriso de ternura.
As pequenas brincadeiras, uma ida ao parque sem conhecer ninguém e dois segundos depois já ter uns 5 ou 6 amigos.
Ter aquele sorriso de pura felicidade por não entender nada do que se passava à minha volta.
Amuar sentada num canto por uma birra por não poder brincar.
Brincar com bonecas, carros, cowboys ou cabeleireiros, acho que todos passámos por estas coisas.
Se calhar, não mudo nada, mas sinto falta desses momentos, da criança que era, mas que permaneceu, e continua aqui, mesmo que apenas alguns a conheçam.







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